quarta-feira, 27 de maio de 2009

Naira Mendes


Tema – “A obrigatoriedade do diploma de jornalismo no Brasil”


Liberdade de expressão com regulamentação profissional

Diploma no curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo tem sido um assunto muito discutido atualmente, pois sua obrigatoriedade está nas mãos do Supremo Tribunal Federal que decidirá a situação dos comunicadores nos próximos dias. Uma grande polêmica gira em torno deste fato, pois existem diferentes formas de pensamentos dentro da área.
Muitos justificam que o quê importa mesmo é a vivência da redação, mas sem preparo acadêmico, a interpretação do dia-a-dia não terá um bom proveito, são necessários técnicas, capacitações e só a graduação oferece esta qualificação. Antes de escrever para um jornal, revista, falar no rádio e na TV é necessário um estudo com calma para melhorar a forma de criação na hora de produzir para o mercado de trabalho, e essa preparação nunca será possível dentro da correria que é a redação.
Temos grandes exemplos de jornalistas espetaculares que não têm diploma como Alberto Dines e Juca Kfouri, mas eles já eram jornalistas antes de existir uma faculdade de jornalismo no Brasil. Hoje não tem porquê um comunicador não fazer curso superior. Aqueles que defendem a não obrigatoriedade é porque se julgam capazes, mas o número de pessoas que tem essa capacidade é mínimo em relação a todos que querem, de fato, ser jornalistas. Por isso mesmo com o “dom”, é melhor fazer com que todos passem pela graduação, pois é necessário especialização, onde os profissionais aprendem as regras para dominar desde uma simples notícia à grande reportagem.
Com o curso superior todos ganham até os que se julgam já saber. Sem o diploma, muitos talentos serão perdidos, pois não serão moldados como eles precisam e isso é muito difícil do mercado de trabalho fazer. O exercício da profissão implica em responsabilidade social, o jornalista tem que responder pelas suas informações com credibilidade e ética.
Todos tem o direito de liberdade de expressão, mas para ser um comunicador de massa é necessário uma regulamentação profissional que exija qualificação.

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